Jornal Estado de Minas

Sudeste entra em alerta por enchentes; prefeituras decretam emergência

Maior enchente dos últimos anos afeta mais de 20 municípios do Espírito Santo. Em Minas Gerais, número de mortos sobe para sete, cinco da mesma família. No estado do Rio, Búzios teve vários bairros alagados

Étore Medeiros
O verão nem começou e “todo o Espírito Santo sofre com as fortes chuvas”. A afirmação está no último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, às 18h de ontem. Desde segunda-feira, inundações e deslizamentos de terras já tiraram cerca de 3,5 mil capixabas de casa e levaram 700 pessoas a perderem em definitivo o local onde moravam. Quase 900 edificações foram danificadas nos 22 municípios mais gravemente atingidos pelas chuvas.

Ao longo do dia de hoje, pelo menos nove prefeituras devem decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública. Devido aos temporais, o Aeroporto de Vitória foi fechado às 14h de ontem para pousos e 11 voos haviam sido cancelados até o fechamento desta edição.
O coronel Carlos Marcelo D’Isep Costa, coordenador estadual da Defesa Civil, diz que a região vive um “momento crítico”, como há muito não se via, mas garantiu que a situação está “sob controle”. “Esse período está com um volume de água muito grande, há desabrigados ou desalojados em 22 municípios, mas não há feridos, desaparecidos ou mortos”. Sistemas de alerta com sirenes — semelhantes aos utilizados na Região Serrana do Rio de Janeiro — estão sendo instalados nas cidades que mais sofrem com enchentes e deslizamentos, mas a expectativa é que só estejam funcionando no próximo período chuvoso, daqui a um ano. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural emitiu na noite de ontem alertas para seis regiões do estado, inclusive à Grande Vitória.