Heloísa Mesquita Fávaro, 27 anos, juíza substituta da 3ª Vara Cível Nasceu em Curitiba e é filha de uma desembargadora aposentada. O pai, já falecido, era advogado. Tomou posse em outubro de 2013. Para passar no concurso, estudou durante três anos e sete meses - Foto: Bruno Peres/CB/DA PressEngana-se quem imagina entrar em um tribunal e encontrar apenas juízes com cabeça branca, idade avançada e vocabulário exclusivamente formal. A cara da Justiça brasileira é formada, cada vez mais, por magistrados novos, muitos deles com menos de 30 anos. Apesar da pouca idade, eles estudaram muito, se prepararam e dizem estar prontos para sentar à frente dos réus, da sociedade e julgar criminosos de acordo com o que determina a legislação. Há dois meses, uma nova turma tomou posse no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Entre homens e mulheres, jovens que dedicaram os últimos 10 anos aos estudos jurídicos.
Sem abrir mão da malhação e dos fins de semana com os amigos, Bruno Aielo Macacari foi aprovado no concurso após dois anos de dedicação. Hoje, é juiz substituto da 1ª Vara de Entorpecentes e trabalha na sede do TJDFT. Aos 27 anos, defende uma relação próxima entre magistrado e sociedade. “Atualmente, não pode vingar a ideia de que o juiz está em posição hierarquicamente superior a qualquer outra pessoa. Para julgar alguém, é preciso estar na posição de igualdade, de horizontalidade”, ressalta. Para ele, a autoridade do magistrado é destacada de outra forma. “Não vem da pré-suposição de superioridade, mas da efetividade da decisão que ele profere”, acrescenta.
Bruno Aielo Macacari, 27 anos, juiz substituto da 1ª Vara de Entorpecentes Nasceu em Barra Bonita (SP). Filho de um advogado e de uma professora. Tomou posse em outubro de 2013. Para passar no concurso, estudou por dois anos, sem abrir mão da vida pessoal - Foto: Apesar da pouca idade, Bruno Macacari garante estar preparado para o trabalho. Diz estar ciente das dificuldades, mas acredita que não seja nada além do experimentado por outros profissionais. “Você nunca entra com o conhecimento prático. Além do volume de trabalho, como juiz, vejo a necessidade de aprender a administrar tudo o que circunda a atividade. Não é só aplicar o direito. Juiz é psicólogo, sociólogo. Muitos conflitos envolvem o sentimento das pessoas, e, para isso, é preciso ter a capacidade de gestão”, explica.