Sem acesso a alimentos e remédios, após conflitos entre a comunidade indígena Tenharim e moradores no sul do Amazonas, os índios deverão receber ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai). A ajuda é necessária porque o deslocamento deles às cidades mais próximas, Humaitá e Manicoré, foi interrompido por razões de segurança.
“Preciso saber deles que providências estão sendo tomadas nesse sentido [de garantir alimentação]. A prefeitura está aqui para ajudar em todos os sentidos”, disse Nascimento em entrevista à Agência Brasil. Segundo o prefeito, não há recursos próprios do município para o abastecimento da comunidade indígena.
O clima na cidade é tenso desde o último dia 16, quando três homens brancos desapareceram, após serem vistos trafegando de carro pela Rodovia Transamazônica. Moradores acusam os índios de terem sequestrado os homens em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. Após o desaparecimento, manifestantes incendiaram o prédio da Funai. Os servidores foram para Porto Velho, capital de Rondônia, que fica a cerca de 200 quilômetros de Humaitá.
“O pessoal da Funai está receoso por conta do problema que houve”, disse o prefeito. “Toda relação comercial deles [índios] é feita aqui em Humaitá e em Manicoré. É uma dificuldade realmente nesse sentido [de acesso aos alimentos]”, afirmou.