O Ministério da Justiça ofereceu à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, vagas em presídios federais para chefes da onda de rebeliões no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A cadeia é o epicentro de uma grave crise de segurança no estado nordestino. Desde o ano passado, 62 detentos morreram em disputas internas. No fim do ano, o Batalhão de Choque da Polícia Militar assumiu a segurança do local, mas a situação não se acalmou. A governadora deverá decidir até hoje se aceita ou não a ajuda federal.
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Os ataques a ônibus em São Luís deixaram quatro feridos, entre eles uma criança de 6 anos, que corre risco de morte, e um policial militar aposentado morreu no tiroteio à delegacia. Os protestos estariam sendo executados a mando de líderes de organizações criminosas detidos.
No Maranhão, a situação é diferente. A onda de violência teria como origem disputa de poder entre facções rivais que controlam boa parte dos presídios locais. A desordem teria se agravado pelas péssimas condições de vida dos presos. Segundo relatos que chegam ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o sistema carcerário do Maranhão é o pior do país. A oferta de vagas nos presídios federais foi encaminhada ao governo no Maranhão pelo diretor do Depen, Augusto Rossini, no sábado.