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Subprocurador-geral da República defende intervenção no MaranhãoMPF vai fazer pedido de intervenção federal no MaranhãoMaranhão transfere 22 detentos para presídios federaisPM recebe mensagem com ameaça de morte de facção criminosa no MaranhãoForça Nacional será mantida por mais dois meses no MaranhãoGovernos federal e estadual vão criar plano de inteligência para combater violência em presídios do MaranhãoCardozo anuncia plano para conter crise no MaranhãoMas o conselho avaliou que a competência legal para fazer o pedido ao Supremo Tribunal Federal é exclusivamente do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O chefe do MPF analisa o pedido, a partir de informações que recebeu de procuradores da República que atuam no Maranhão e de relatórios feitos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Na declaração pública, de duas páginas, o colegiado pediu que o enfrentamento dos grupos criminosos que atuam contra a população. A manifestação também cobra a responsabilização de quem tenha ordenado ou executado os assassinatos dos presos, assim como os atos de incendiar ônibus que levaram à morte da menina Ana Clara dos Santos.
Integrantes da comissão afirmaram que, pelo menos desde 2008, relatórios do CNJ e do CNMP apontaram uma série de irregularidades no presídio de Pedrinhas, como superlotação e inclusão de presos de facções adversárias no mesmo ambiente. A procuradora de Justiça de Goiás Ivana Farina, que participou de uma inspeção do CNMP em outubro, relatou que a própria governadora prometeu o investimento de R$ 53 milhões no sistema carcerário estadual. Contudo, segundo ela, nada foi feito desde então.
Diante dos relatos, conselheiros como o subprocurador-geral da República Aurélio Veigas Rios defenderam na reunião a intervenção federal. Eles disseram que qualquer tomada de decisão não poderia ficar sujeita ao fato de que 2014 é um ano eleitoral e uma medida dessa envergadura poderia trazer prejuízos políticos para Roseana Sarney.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos concordou com o discurso de isenção da manifestação do conselho. Segundo ela, é preciso estar acima do discurso da situação e da oposição e "pensarmos na vida das pessoas". "Não vamos ceder nessa reunião a nenhum discurso que nós leve ao plano governo, oposição, alianças. Aqui nós estamos falando de direitos humanos. O governo atua de forma institucional", destacou.
Apesar de pressionada por jornalistas, que aguardavam uma manifestação dela sobre um eventual pedido de intervenção, Maria do Rosário disse que estava na reunião do conselho como integrante. E caberia ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se pronunciar pelo governo federal. Cardozo reúne-se nesta quinta-feira com a governadora Roseana Sarney.