O Pacotão, um dos sete blocos tradicionais do Carnaval do Distrito Federal está com inscrições abertas para o concurso de marchinhas. As melodias tem como costume fazer chacota com os principais acontecimentos políticos do país. Neste ano, a cabeleira reforçada do presidente do Senado, Renan Calheiros, que admitiu ter feito implante capilar (e, para isso, usou um jato da Força Aéreas Brasileira como transporte) é o assunto mais cotado.
Cesar Palvarini, autor de uma das marchinhas que concorre a hino oficial, adianta parte da letra: “A FAB levou um careca / E trouxe um cabeludo / E foi o zé povinho / Que acabou pagando tudo / Bota o cabelo da testa / Tira o cabelo da nuca / Ficava mais barato / Ter comprado uma peruca”.
Já o jornalista Cicinho Filisteu, de 73 anos, revela o refrão da sua versão, mas afirma que não irá revelar o restante: “Diz a Bíblia que a força de Sansão está nos cabelos / O que fez Renan? / Foi pro Recife / Onde implantou 10 mil pentelhos”.
As inscrições para o concurso terminam no próximo dia 22 e a vencedora será conhecida em 25 de janeiro, após as deliberações abertas a partir das 14h na comercial da 408/409 Norte. “Não é bem uma votação democrática”, esclarece José Antônio Filho, o Joanfi, um dos organizadores do bloco. A aclamação popular conta e muito, mas quem bate o martelo é Charles Preto, o comandante soberano e todo-poderoso da Sociedade Armorial Patafísica Rusticana — o nome completo do Pacotão. Tem sido assim há 36 anos, desde a primeira vez que o “bloco de sujos” invadiu a W3 pela contramão.
Com informações do Correio Braziliense