Foram quase três meses de luta e espera para a pequena Letícia Karoline da Silva Teixeira, 2 anos, viver as descobertas da infância fora do hospital e ao lado da família. A menina nascida no interior da Bahia e que sofria com uma miocardiopatia dilatada grave ganhou de aniversário, em dezembro último, um coração novo e se tornou a terceira criança com menos de três anos de idade, na história do Distrito Federal, a fazer um transplante do órgão. Na manhã de ontem, ela recebeu mais um presente. Os médicos do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) a liberaram para casa.
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Acordo acelera transporte de órgãos para transplantes Aumenta número de transplantes de órgãos no BrasilFila para transplante de fígado pode chegar a 500 pessoas no Rio, diz médicoLetícia vai precisar de alguns cuidados em casa para ficar totalmente recuperada e levar uma vida normal. Nos próximos três meses, ela tomará medicamentos para evitar rejeição do órgão pelo corpo. Também não poderá comer alimentos crus nem chegar perto de animais, principalmente cachorros, de acordo com a cardiopediatra e coordenadora de transplantes pediátricos do Instituto de Cardiologia, Cristina Camargo Afiune. Mesmo com as restrições, Letícia não lembra em nada a menina pálida e sem forças que bateu à porta do ICDF e comoveu a equipe médica. “Foi extremamente gratificante ver a Letícia correndo e falando, está mais comunicativa e mais corada. Ela virou a mascote do hospital”, comemorou Cristina.