O Jardim Zoológico de Brasília deve lançar em breve uma licitação para a construção de dois aquários com capacidade mínima para 1,1 mil peixes de água doce e salgada. As tratativas sobre o projeto estão avançadas. É discutido há pelo menos dois anos e meio e conta com as licenças ambiental e de instalação concluídas. A minuta do edital está pronta e foi alvo de consultas públicas em dezembro e de uma audiência em janeiro, que, apesar de aberta à população, teve baixa participação. A intenção é diversificar as atividades do zoológico, como mergulhos com tubarões. É esperado, assim, um aumento de 20% nas visitações.
Espécimes nativos da Região Centro-Oeste, das principais bacias hidrográficas brasileiras e do ambiente marinho, inclusive ameaçados de extinção, estão entre os mais cotados para integrarem as futuras instalações. Ao menos nove pinguins-de-magalhães, espécie original do Oceano Pacífico sul-americano; um tubarão-porco, dos mares Mediterrâneo e Atlântico; e três tubarões-bambu, encontrados nas águas do Japão, da Índia e da Indonésia, constam da minuta do edital que deverá ser publicado pelo governo. Três espécies de arraias — prego, ticonha e borboleta —; três de moreias — verde, pintada e comum —; além de lagostas, ouriços, caranguejos, camarões, enguias e diversos outros peixes completam a lista de animais marinhos do documento.
O projeto arquitetônico do aquário de água doce está pronto e deve ser concluído em até sete meses após a contratação da empresa vencedora da licitação. Entre outras espécies dos rios brasileiros, o aquário deverá expor pacus, tambaquis, jaús, tucunarés, piranhas, matrinxãs, pirarucus, cascudos e cruzeiros-do-sul. “Queremos explorar o máximo do nosso potencial de atração de público e ultrapassarmos a marca atual de 1 milhão de visitantes por ano com os aquários”, afirma o diretor do Zoológico de Brasília, José Belarmino. Ao todo, as instalações deverão ocupar 6 mil m² da área