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Caminhão derruba passarela sobre carros e mata quatro pessoas no Rio Empresa dona de caminhão dará assistência às vítimasChega a 6 número de feridos em acidente na Linha AmarelaIdentificadas as vítimas de acidente na Linha AmarelaCaminhão não estava a serviço da prefeituraCaminhão passou pela Linha Amarela em horário proibidoMotorista diz que não sabia que caçamba estava levantadaAssista ao video do acidente na Linha Amarela do RioO gari Ricardo Guilherme dos Santos também foi um dos primeiros a chegar ao local. "Estava no posto e, primeiro, ouvi o estrondo. Achei que uma casa tinha desabado, quando vi que não era isso, a gente correu para a beira da pista, arrebentou os painéis - que separam a pista da comunidade - e vimos a gravidade do acidente. Tentamos acalmar os sobreviventes dentro do carro", disse. Segundo ele, no banco de carona de um dos carros, uma passageira estava parcialmente consciente.
Na tentativa de apressar o socorro, Patricia Rodrigues, dona de uma venda próxima da pista, ligou imediatamente para os bombeiros para alertar sobre o desabamento e informar sobre as vítimas. Para ela, o socorro demorou. "Ninguém da Lansa (concessionária que administra a via) estava no local", disse. Nós fomos os primeiros a chegar e ligar para o socorro", completou. "Tem um Corpo de Bombeiros no Méier, muito perto, mas acho que pelos reflexos do trânsito, eles não conseguiram chegar. O pessoal ficou com as vítimas, tentando tirar as pessoas do valão e verificar se os demais, dentro dos carros, estavam vivos. Era uma situação de guerra, com fumaça e escombros", relatou Patrícia.
Os moradores reclamam das condições estruturais da passarela, que consideram muito frágil, e lembram que, recentemente, durante a construção de um supermercado, uma viga esbarrou na estrutura e deslocou a passarela. "Tinha que ser mais forte, ter uma sustentação para não desabar inteira. Se cair, cair pelo menos uma parte - de um lado da via - e não toda. Era previsível”, disse Patrícia.
Para quem mora na região, a Lansa também teve participação no acidente, porque demorou a enviar o socorro e não alertou o motorista do caminhão que, segundo eles, trafegava em alta velocidade com a caçamba suspensa. "Eles estava em alta velocidade, com a caçamba elevada por vários quilômetros", ressaltou Maurício Francisco, representante da associação de moradores. A associação alega ter um vídeo, feito por um motociclista, do caminhão com a caçamba suspensa desde o pedágio, até uma passarela, um trecho equivalente a dois quilômetros.
O prefeito Eduardo Paes destacou que a prioridade é o resgate e o atendimento das vítimas. “Especula-se que a caçamba tenha se levantado sem o motorista saber”, disse. Perguntado sobre a procedência do caminhão, se prestava ou não serviço À prefeitura, Paes não soube informar, mas a assessoria de imprensa divulgou que o caminhão não estava a serviço do órgão.