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Protestos de rua contra a Copa assustam políticos Estratégia do governo é evitar pânico diante dos protestos contra a CopaDilma quer acelerar parcerias para segurança na CopaPlanalto prepara Forças Armadas para garantir segurança na Copa do MundoFutebol vira tema de aula em ano de Copa“Nos principais eventos esportivos, levamos equipes das instituições policiais para absorver conhecimento e ver, na prática, como desenvolviam as suas ações. Fomos também a Madri, por causa da Jornada Mundial da Juventude, tivemos interlocução com profissionais que trabalharam nessa operação, que foi de grande valia para nós, aqui no Rio, durante a Jornada”, contou.
Ainda na Espanha, os policiais brasileiros receberam informações sobre ações de contraterrorismo e eventos de massa, áreas em que, segundo ele, os espanhóis têm conhecimento aprofundado. Com agentes do FBI, a polícia federal norte-americana, os cursos foram nas áreas de inteligência e do sistema de ações de contraterrorismo. Com a Guarda Costeira americana, foi possível avançar em área ainda pouco conhecida.
“O sistema de controle de incidentes é uma doutrina que a gente está absorvendo para os grandes eventos e, principalmente, para o dia a dia da cidade”, disse Alzir, acrescentando que com policiais alemães, os agentes brasileiros receberam informações sobre o esquema de segurança empregado na Eurocopa.
Apesar de ter treinamento específico para esses eventos, o subsecretário destacou que a capacitação atende também às demandas comuns a situações da rotina da cidade e do estado. “É claro que sempre há uma adequação à nossa realidade, à nossa cultura, aos nossos equipamentos, mas é importante para esses profissionais identificar como essas ações são tratadas em outros países e, com as devidas adequações, implementá-las em nossas rotinas operacionais”, analisou.
O subsecretário disse ainda que em junho, quando começará a Copa do Mundo, os policiais do Rio estarão mais preparados do que estavam na época da Copa das Confederações, no ano passado. Ele explicou que todos os confrontos que ocorreram entre policiais e manifestantes ainda são foco de estudos e análises. “Todo o procedimento policial está sendo revisto e estudado e alguns dos cursos tiveram esse enfoque. Tudo isso foi e está sendo objeto de grande estudo e análise por parte das polícias, para que a gente chegue à Copa do Mundo de maneira mais qualificada. Estamos fazendo investimentos nos equipamentos e na estratégia”, explicou.
Para Roberto Alzir, no entanto, a perspectiva é de que a quantidade e a intensidade das manifestações que ocorreram no ano passado não se repetirão durante a competição, em junho e julho deste ano. A preocupação, segundo ele, continua sendo com relação à presença de vândalos que aproveitam manifestações pacíficas para provocar atos violentos. “Entendemos que durante a Copa do Mundo o ambiente não será tão propício à ação desses vândalos como foi em meados do ano passado, e encontrará uma polícia mais bem preparada e com equipamentos mais eficazes”.
A superintendente de Educação da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Luciane Patrício, informou que o alcance dos cursos vai se expandir com os contatos entre os policiais que fazem a capacitação e outros integrantes das corporações. Ela informou ainda que em determinados cursos há também a presença de bombeiros e de guardas municipais. Para Luciane, os profissionais se sentem valorizados ao participar da capacitação. “ Toda vez que a gente termina um curso a avaliação é sempre positiva no sentido de demanda por novas turmas e de que a troca de conhecimento foi importante”.