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Estado de Minas

Há indício de falha mecânica em caminhão envolvido em acidente na Linha Amarela, diz delegado

Laudo pericial que vai comprovar motivo do acidente ficará pronto em 10 dias


postado em 30/01/2014 20:15 / atualizado em 30/01/2014 20:19

Quatro testemunhas do caso do caminhão que atingiu uma passarela na Linha Amarela, no Rio, prestaram depoimento por mais de cinco horas na tarde desta quinta-feira, 30, na 44º DP (Inhaúma). Para o delegado responsável pelo caso, Fábio Asty, há indicação de que uma falha mecânica provocou o içamento involuntário da caçamba. O delegado destacou que a ocorrência foi agravada pela negligência do motorista que falava ao telefone, trafegava acima da velocidade e em horário proibido para caminhões. Somente o laudo pericial, que ficará pronto em 10 dias, comprovará as causas do acidente.

O gerente operacional da empresa Arco da Aliança, o chefe da mecânica e dois motoristas - um que dirigiu o caminhão um dia antes de Luiz Fernando da Costa e o outro que falava com ele no telefone na hora do acidente - falaram com o delegado titular Jader Machado Amaral e Fábio Asty.

Os policiais investigam se o reparo na caixa de marcha acoplada ao acionamento hidráulico da caçamba, feito no fim de semana, pode ter provocado o acionamento involuntário da caçamba. "De acordo com os motoristas, o içamento voluntário da caçamba teria desestabilizado o caminhão ou provocaria um dano grave que o obrigaria a parar", explicou o delegado.

Asty acrescentou que o caminhão tinha sido usado no dia anterior por outro motorista, a caçamba foi acionada três vezes e não houve problema. "Pelos depoimentos, é possível que o reparo tenha provocado o problema, que só apareceu depois, mas só o laudo nos dará certeza".

Em depoimento prestado ao delegado Asty, Costa afirmou que dirigia a 85 km/h em uma pista de 80 km/h e falava ao telefone no momento da colisão. Ele será acusado por cinco homicídios culposos (quando não há intenção de matar) e três lesões corporais culposas.

De acordo com o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), pelo Código Civil Brasileiro, os familiares das vítimas podem entrar com ação indenizatória contra a Prefeitura do Rio por falta de fiscalização, além da concessionária Lamsa e da empresa Arco da Aliança.


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