Um desafio duplo: o Grupo Galpão em seu primeiro encontro com o cinema; o cineasta Eduardo Coutinho interessado em descobrir meandros do teatro. Foram 18 dias de filmagem em Belo Horizonte e uma experiência intensa de diálogo para produzir o documentário Moscou. “O Coutinho tinha curiosidade pelas coisas, pelo novo. Era até infantil de tão bacana a vontade que ele tinha de descobrir, de se interessar pelo ser humano que estava ali, ao lado. Tivemos momentos muito especiais”, lembra Chico Pelúcio, ator do Galpão. “Era um cara extraordinário. Tenho a maior admiração por ele, independentemente de ser o maior documentarista, desse tipo de coisa. Era um ser humano maravilhoso”, completa o ator Eduardo Moreira.
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Filho de Coutinho será indiciado por homicídio dolosoMulher de Eduardo Coutinho está internada em estado graveFilho de Coutinho tem problemas mentais e é usuário de drogasEduardo Coutinho é assassinado pelo filho no Rio de JaneiroRespeito pela sensibilidade dos personagens era marca das obras de cineastaDilma lamenta morte de Coutinho e diz que país perdeu "seu maior documentarista"Cineastas dizem que Eduardo Coutinho não merecia destino trágicoFilho e esposa de Eduardo Coutinho continuam hospitalizadosCorpo do cineasta Eduardo Coutinho é velado na Zona Sul do RioO resultado foi Moscou, um dos longas realizados pelo cineasta que atestam a busca por novas formas de documentar e questionar a realidade. Inquieto é o adjetivo que para Eduardo Moreira melhor se aplica ao diretor. “Era muito aberto a tudo que acontecia, ao acaso. Nunca vi uma pessoa tão disponível”, recorda. No mundo contaminado por reality shows, o Galpão foi convidado a embarcar em um jogo para testar os limites entre ficção e realidade.