Amiga da família desde a época da gravação da primeira parte das filmagens de "Cabra marcado para morrer", em 1963, a professora Zélia Briseno, de 76 anos, visitou a mulher de Eduardo Coutinho, Maria das Dores, de 62, no Hospital Municipal Miguel Couto. Zélia disse que Dora está consciente e lembra de toda a tragédia envolvendo a família, inclusive da morte do marido. O filho Daniel, de 41, está no mesmo ambiente que a mãe na Unidade Intermediária, preso e muito calmo.
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Eduardo Coutinho é enterrado sob aplausos de 300 amigosJustiça decreta prisão de Daniel Coutinho, filho do diretor Eduardo CoutinhoMulher e filho de cineasta estão acordados e conscientesAmiga diz que cineasta não comentava doença do filhoJustiça recebe denúncia contra filho de cineastaFilho do cineasta Eduardo Coutinho tem alta do hospitalEm depoimento, filho de Eduardo Coutinho confessa assassinato do paiZélia acompanhou de perto a história do casal que se conheceu no Recife, quando frequentavam o Movimento de Cultura Popular. Ela contou que Coutinho admirava a esposa por quem sempre foi apaixonado. "Ela era uma verdadeira parceira, que dava suporte enquanto ele editava os filmes. Ela é admirável e muito corajosa".
"O Coutinho era um apaixonado pela vida, pelas pessoas que ele chamava de 'meus afetos'. Vou sentir muita falta de nossas conversas", disse muito emocionada.
A pesquisadora Ira Maciel encontrou com Coutinho na Feira Internacional do Livro de Parati 2013. "Coutinho gostava e tinha o dom de encontrar a essência das pessoas. Ele era uma pessoa de pensamento livre, espontâneo, autêntico, sem máscaras".
Eduardo Coutinho nasceu em São Paulo em 11 de maio de 1933 e morreu neste domingo, 02, aos 80 anos, assassinado a facadas em sua casa, na zona sul da capital fluminense. De acordo com a polícia, Daniel Coutinho teve um surto psicótico e assassinou o pai.