Os dados mostram que, em 2012, último dado disponível, 14 milhões de casos de câncer foram registrados. Segundo a previsão da IARC, esse número passará para cerca de 22 milhões de registros anuais daqui a 20 anos.
No mesmo período, as mortes pela doença passarão das 8,2 milhões registradas em 2012 para 13 milhões.
Segundo a IARC, o crescimento e o envelhecimento da população ajudam a explicar a previsão de aumento da doença para os próximas anos.
No entanto, a agência adverte que as insuficientes políticas públicas de prevenção e detecção precoce do problema, assim como as dificuldades de acesso ao tratamento, colaboram para que a doença cresça, sobretudo nas nações em desenvolvimento.
O relatório mostra que os países da África, da Ásia e das Américas do Sul e Central concentram 60% dos casos mundiais e 70% das mortes.
A agência também ressaltou que a melhoria das condições de vida em alguns países em desenvolvimento podem aumentar o número de casos de câncer associados a um estilo de vida não saudável. A IARC recomenda a esses países que adotem medidas de combate à obesidade e ao sedentarismo.
Segundo o informe, metade dos casos de câncer poderia ter sido evitada.
Mais comuns
No relatório divulgado ontem, a IARC também informou quais foram os tipos de tumores mais comuns e mais mortais em 2012.
Segundo o levantamento, o câncer de pulmão foi o campeão no número de casos, com 1,8 milhão de registros (13% do total), seguido pelo câncer de mama, com 1,7 milhão de casos (11,9%) e pelo tumor de intestino grosso, que atingiu 1,4 milhão de pessoas (9,7%).
O câncer de pulmão é também o responsável pelo maior número de mortes. Em 2012, ele matou 1,6 milhão de pacientes no mundo. Em seguida, aparecem os tumores de fígado e de estômago, com 800 mil e 700 mil mortes, respectivamente.
O relatório ressaltou a importância do combate ao tabagismo, principal causa do câncer de pulmão e fator associado a outros tipos de tumores.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.