Em entrevista depois do enterro da soldado Alda Castilho, Beltrame disse que pode rever o esquema de policiamento em UPPs com mais de 100 mil habitantes.
"Temos alguns incidentes, especialmente nas UPPs com mais de 100 mil habitantes. Elas são maiores que 80% dos municípios brasileiros. E dentro de uma área praticamente sem organização nenhuma, o que facilita a ação do tráfico de drogas. Sem contar que, durante 30, 40 anos, essas facções não receberam o devido tratamento do Estado. Sofremos uma covardia: uma policial foi covardemente atingida pelas costas. Essa morte não foi só dela. A sociedade toda foi atingida pelas costas", afirmou o secretário.
Beltrame criticou indiretamente os órgãos federais responsáveis pelo controle das fronteiras do País e as leis de execução penal ao ser questionado se o programa das UPPs está em crise.
"Armas, munições e drogas não são feitas no Rio. As ordens vêm dos presídios. Pessoas presas voltam rapidamente às ruas porque a lei legitima isso. Então, por que só as polícias do Rio têm que falar das consequências dessas etapas que acabei de narrar?", disse o secretário, que descartou pedir auxílio de forças federais.
O chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, disse que alguns bandidos que participaram do ataque à UPP já foram identificados. A principal linha de investigação é a de que a ordem para o ataque teria partido de chefes da facção que estão em presídios federais de segurança máxima.