A Associação Médica Brasileira (AMB) entrou nesta quinta-feira na polêmica causada pelo pedido de asilo da médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que deixou o emprego em Pacajá (PA) e no momento está em Brasília. A AMB ofereceu assistência e emprego administrativo até que o governo se posicione e a médica começará a trabalhar na segunda-feira. O tema está sendo tratado com cuidado pelo governo, que prefere classificar o fato como um caso isolado. Em coletiva nessa quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a permanência dos cubanos que integram o Mais Médicos no Brasil está vinculada ao trabalho exercido. Em caso de desistência, o visto será suspenso.
Em nota à imprensa, a Associação informa que enviou uma equipe de especialistas para colaborar com a refugiada cubana e criou uma comissão para acompanhar a situação de mais profissionais pelo país. O presidente da entidade, Florentino Cardoso, divulgou um vídeo através do site da Associação em que condena a "exploração do trabalho" sofrida pelos profissionais vindo de Cuba.
A AMB contesta o programa Mais Médicos desde a introdução, já que na visão da entidade, os profissionais pulam uma importante etapa para exercer a profissão no país, que é o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Desde o início do programa federal, a Associação vem publicando em seu site comunicados de reprovação à maneira com que o Mais Médicos vem sendo executado. A entidadde também divulga notícias de outros veículos de imprensa sobre problemas relatados com profissionais contratatados e da administração do programa.