O artefato que atingiu o cinegrafista é um rojão de vara e não foi lançado por nenhum policial, segundo concluiu a Polícia Civil, que recolheu nesta sexta-feira, 7, dois fragmentos do artefato e fez testes com rojões semelhantes. Andrade está internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. "Esse tipo de rojão é acionado por um pavio e tem duas etapas: primeiro é lançada uma espécie de foguete, que contém cerca de 60 gramas de pólvora, e segundos depois esse explosivo é detonado", contou o inspetor de polícia e técnico em explosivos Elington Cacella, integrante do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio.
Segundo ele, por segurança, recomenda-se que o artefato só seja aceso após preso na extremidade de uma vara de pelo menos um metro. A pessoa segura a outra ponta, para ficar mais longe do explosivo. No caso de anteontem, porém, o artefato estava no chão, na praça em frente ao prédio sede do Comando Militar do Leste, vizinho da Central do Brasil. Ele teria sido posicionado na direção dos policiais, mas saiu sem direção e acabou atingindo o cinegrafista, que estava a apenas três metros e sem equipamentos de proteção.
Caso seja encontrada, a pessoa que acendeu o artefato será indiciada pelos crimes de explosão e tentativa de homicídio (com o agravante do uso de explosivo), que podem acarretar mais de 30 anos de prisão. A polícia analisa imagens de câmeras instaladas nas imediações.