Fábio Raposo Barbosa, de 22 anos, foi preso na manhã desse domingo, na casa dos pais, no Bairro Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O jovem concordou em colaborar com as investigações para identificar o rapaz a quem ele entregou o explosivo e orientar na confecção de um retrato falado. Segundo a polícia, o jovem informou que não é amigo do rapaz, mas que já o viu em outras manifestações.
Ao aderir à chamada “delação premiada” Raposo não escapa de eventual processo, mas pode ter a pena reduzida após o julgamento, por ter colaborado na elucidação do crime.
Ainda de acordo o delegado, Raposo diz ter recebido uma ligação de um número não identificado o ameaçando e o coagindo a assumir a culpa sozinho. “Isso também pode ser um fator que esteja dificultando a delação. A pessoa que ligou disse que era para ele assumir a culpa sozinho, caso contrário sofreria as consequências. Vamos pedir a quebra do sigilo telefônico e investigar essa ligação”, afirmou o delegado.
Fábio Raposo foi indiciado pela polícia sob suspeita de tentativa de homicídio, mas o advogado quer a redução para lesão corporal grave, em troca de ajuda à polícia. O cinegrafista permanece em coma induzido no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e seu estado é considerado muito grave. Durante a madrugada de anteontem, o tatuador se apresentou espontaneamente à polícia e disse ter sido ele a pessoa que entregou o rojão ao rapaz ainda não identificado, que acionou o artefato e atingiu Andrade.
O advogado do tatuador, Jonas Tadeu Nunes, vai tentar revogar a prisão temporária, válida por 30 dias, e reduzí-la ao prazo de cinco dias. Esse recurso, porém, só será apresentado na terça-feira, segundo Nunes.