O ato começou às 18h, na mesma praça onde Andrade foi atingido, em frente ao Comando Militar do Leste e ao lado da estação ferroviária Central do Brasil. Em meio a dezenas de policiais da Polícia Militar (PM), um grupo, então com aproximadamente 200 pessoas, decidiu caminhar rumo à sede da Fetranspor, a entidade que reúne os donos das empresas de ônibus que fazem o transporte municipal no Rio.
O aumento da passagem, de R$ 2,75 para R$ 3,00, em vigor desde o último sábado, 8, era a razão do protesto. O grupo seguiu pela Avenida Presidente Vargas até a Avenida Rio Branco, sempre escoltado pela polícia e, embora tenham ocorridos provocações, não houve nenhum incidente. Antes de chegar à sede da Fetranspor, o grupo, que então já contava aproximadamente 500 pessoas, parou em frente à Assembleia Legislativa do Rio, onde um cordão de policiais estava postado. Após algumas provocações e gritos de guerra contra a PM, o grupo seguiu até a sede da entidade, onde incendiou uma catraca de ônibus, levada pelos próprios manifestantes.
"Tem que protestar. Só assim vamos mudar algo. A imprensa falou sobre o cinegrafista, mas não mostrou o ambulante que morreu atropelado no mesmo protesto de quinta passada", reclamou o ambulante José Roberto, que não quis informar o sobrenome e se identificou como "black bloc".