A Polícia Civil do Rio Janeiro considera esclarecidas as circunstâncias da morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago de Andrade e disse não ter dúvidas da participação de Caio Silva de Souza, de 22 anos, crime. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, o delegado Maurício Luciano de Almeida, responsável pelo caso, disse que as provas contra o jovem "são contundentes e não deixam dúvidas". Caio é apontado como o homem que acendeu e atirou um rojão que atingiu Santiago durante um protesto no Centro do Rio, na última quinta-feira,(6)
Para a Polícia Civil, o inquérito está praticamente encerrado e será encaminhado à Justiça até sexta-feira, 14. O auxiliar de serviços Caio de Souza e Fábio Raposo Barbosa, de 22, que também está preso por ligação com a morte de Santiago, serão indiciados por homicídio qualificado e crime de explosão de artefato em via pública. Se forem condenados, os jovens podem pegar até 30 anos de prisão.
O suspeito foi preso na madrugada desta quarta, em uma pensão na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador. Ele foi levado para o Rio e desembarcou na capital fluminense por volta das 8h40.
Comportamento
O delegado Maurício contou ainda que o auxiliar de serviços apresenta um comportamento normal no trabalho e em casa, porém o jovem adota outra postura quando participa de manifestações. "O Cairo é calado, muito tranquilo, cumprimenta a todos. Os colegas do trabalho se surpreenderam. No meio da multidão ele se transforma e age de forma extremamente violenta", revelou.