Cerca de 16 mil integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) participam de uma manifestação em Brasília, de acordo com os organizadores da marcha. Depois de descer o Eixo Monumental e gritar palavras de ordem no Setor de Embaixadas, o grupo protagonizou confusão diante do Palácio do Planalto. Os manifestantes derrubaram grade de proteção na Praça dos Três Poderes, em frente à sede do Executivo. A grade, faixas e pedaços de madeira foram jogadas contra os policiais militares, que reagiram com spray de pimenta.
Após a normalização da situação, líderes do movimentam se comprometeram a permanecer na calçada e não seguir para o palácio, com a condição de que a polícia permaneça a uma faixa de distância deles. A segurança também foi reforçada em frente ao Superior Tribunal Federal (STF).
No meio da tarde, diante da Embaixada dos Estados Unidos, os policiais militares fizeram um bloqueio - na tentativa de proteger o local -, o que gerou empurra-empurra. Na confusão um policial chegou a sacar uma arma não-letal de laser, mas não disparou.
O protesto faz parte do Congresso Nacional do movimento, realizado esta semana na capital. Além de representantes dos 23 estados, há um grupo de 250 pessoas ligadas a movimentos sociais de outros países.
No caminho de volta à Esplanada dos Ministérios pelas vias L2 e L4, eles prometem passar pelo Congresso Nacional e pelo Palácio do Planalto, para entregar uma carta-manifesto à presidente Dilma Rousseff .
Mais cedo, cerca de 750 crianças chamadas de "sem-terrinha" e professores ligados ao MST foram até o Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios para protestar contra o fechamento das escolas do campo e a precarização do trabalho dos professores da área rural.