A polícia disparou balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 15.000 manifestantes que tentavam derrubar as barreiras de proteção em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira.
Os manifestantes participavam de uma marcha organizada pelo Movimento dos Sem Terra (MST) para pedir rapidez na reforma agrária. O ato teria começado de forma pacífica.
Oito policiais e dois integrantes da marcha ficaram feridos depois que as duas partes entraram em confronto na frente do palácio presidencial, segundo informaram o MST e a polícia à AFP.
"Nós queríamos fazer um ato em frente à presidência. Montamos barracas iguais as que temos em nosso acampamento. Quando a polícia nos viu tirando as coisas do ônibus, nos atacou com gás lacrimogêneo e outras coisas", afirmou o porta-voz dos manifestantes.
A presidente Dilma Rousseff não estava no palácio no momento dos confrontos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) - que fica do lado oposto ao Planalto - teve a sessão suspensa por uma hora por causa do grande número de manifestantes.
"Não houve tentativa de invasão do prédio do Supremo, mas por causa do grande número de pessoas a segurança recomendou suspender a sessão", disse um funcionário do STF à AFP.
O MST, que completa 30 anos de existência esta semana, organiza um congresso em Brasília e critica a "paralisação" da reforma agrária no país. O último encontro organizado pelo movimento aconteceu em 2007.
Um pouco antes, cerca de 700 crianças do MST ocuparam a entrada do ministério da Educação para pedir mais escolas nas zonas rurais.
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