"A documentação traz claros indícios de que a formação não é a de um médico, mas de um assistente", disse. Ferreira encontrou-se como o procurador do Trabalho Sebastião Vieira Caixeta, que comanda uma investigação sobre eventual descumprimento das regras trabalhistas pelo programa Mais Médicos. O procurador pretende concluir o trabalho ainda neste mês. Passada essa fase, a ideia é pedir que o governo faça adequações necessárias.
Para o procurador, os dados reunidos até agora mostram haver uma relação formal de trabalho e não de um curso de especialização, conforme previsto na Medida Provisória que criou o programa. A movimentação da Fenam é um exemplo de como as entidades médicas retomam a artilharia contra o programa. Diante das críticas ao comportamento que adotaram ano passado, quando o Mais Médicos foi lançado, e da alta aprovação que o programa alcançou entre a população, as entidades passaram a adotar uma postura mais discreta.
Com o episódio Ramona Rodriguez e o registro de mais quatro casos de cubanos que abandonaram o programa, as entidades voltam à tona. O primeiro passo foi dado pela Associação Médica Brasileira, que resolveu contratar Ramona para serviços administrativos no escritório de Brasília.