“Queremos externar publicamente nossa profunda e total solidariedade à família do cinegrafista Santiago Andrade, que será enterrado hoje, cidadão reconhecido pelo seu profissionalismo, vítima de um ato descabido de violência em uma manifestação popular por direitos da cidadania”, diz um trecho do documento.
A nota, assinada pela presidenta da Comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), ressalta que as manifestações populares são legítimas e próprias da democracia.
Ainda na avaliação da Comissão de Direitos Humanos, as manifestações demonstram que a insatisfação com o transporte público não se limita ao preço da tarifa. “Embora sejam inegáveis os inúmeros avanços ocorridos nos últimos dez anos, ainda é desigual em nosso país o acesso à habitação, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à comunicação e ao transporte público de qualidade. A isto se agrega a violência, que atinge especialmente os jovens negros das periferias e os setores populares”.
No documento, a Comissão faz um apelo para que os governos busquem o caminho da mediação, com diálogo e negociação com os manifestantes e também pede a apuração rigorosa dos excessos cometidos por vândalos, criminosos e pelas forças policiais.
A CDH também presta solidariedade ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). “Repudiamos as reiteradas tentativas de atribuir responsabilidade ao parlamentar quando a polícia já havia identificado e prendido o autor confesso do disparo do rojão”.
No dia da manifestação que vitimou o cinegrafista, uma ativista teria dito que o suspeito de acender o artefato seria ligado ao parlamentar..