O corpo do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade foi velado na manhã desta quinta-feira, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro. No local, ele recebeu as últimas homenagens de parentes, amigos e profissionais da imprensa e do diretor da emissora para a qual trabalhava, antes de ser cremado, em cerimônia reservada à família.
Dezenas de jornalistas compareceram ao velório para noticiar o fato ou se despedir. Muitos usavam uma camisa com os dizeres “Poderia ter sido qualquer um de nós”. O repórter cinematográfico morreu esta semana depois de ser atingido por um rojão disparado durante a cobertura, no último dia 6, de uma manifestação no centro do Rio pelo aumento das passagens de ônibus, que passaram de R$ 2,75 para R$ 3.
A viúva do cinegrafista, Arlita Andrade, lembrou que Santiago amava a profissão. “O sonho dele era ser repórter cinematográfico e ele ficava muito preocupado com a violência. Ele dizia: realmente está muito violento”, declarou, emocionada, antes de fazer um apelo. “Queria pedir para todos: sejam mais amigos, mais tranquilos e tenham mais amor uns pelos outros.”
A repórter da TV Bandeirante Camila Grecco, que participou de várias coberturas jornalísticas ao lado de Santiago, contou que ele sempre se preocupava com a equipe e com a própria segurança. “Se ele soubesse que estava em situação de muito risco, jamais estaria lá”, disse.
ompanheiro de trabalho de Santiago por 11 anos, o cinegrafista Sérgio Colonezi também contou que Santiago era cauteloso. “As pessoas dizem que, nós, cinegrafistas, abusamos um pouco do perigo. O Santiago era o contrário, era cauteloso. Quando chegava em local e tinha um tiroteio ou confusão, ele ficava longe, falava 'não estou aqui para tomar pancada de ninguém'”.
A filha de Santiago, Vanessa Andrade, que também é jornalista, aproveitou para exigir segurança aos profissionais da Bandeirantes e disse que a morte do pai não será em vão. “Vou exigir que a Band dê segurança aos seus funcionários não vou deixar essa história morrer”, declarou.
O diretor de Jornalismo da TV Bandeirantes, Fernando Mitre, que esteve no memorial, reconheceu que é preciso rever os procedimentos para as coberturas e cobrou investigações sobre crimes cometidos nas manifestações. “Temos que rever tudo isso [cobertura]. Estamos sob impacto dessa emoção profunda, mas é preciso rediscutir tudo. Do jeito que está não é possível.”
O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro acionou ontem (12) o Ministério Público do Trabalho (MPT) para cobrar uma investigação sobre as más condições de trabalho na TV Bandeirantes no Rio e por submeter funcionários a situações de risco. O cinegrafista Santiago estava sem equipe e sem nenhum equipamento de segurança quando foi atingido pelo rojão.
Todas as demais empresas de comunicação que atuam na cidade também serão notificadas para “cumprir normas básicas de segurança para os trabalhadores”.
Dezenas de jornalistas compareceram ao velório para noticiar o fato ou se despedir. Muitos usavam uma camisa com os dizeres “Poderia ter sido qualquer um de nós”. O repórter cinematográfico morreu esta semana depois de ser atingido por um rojão disparado durante a cobertura, no último dia 6, de uma manifestação no centro do Rio pelo aumento das passagens de ônibus, que passaram de R$ 2,75 para R$ 3.
A viúva do cinegrafista, Arlita Andrade, lembrou que Santiago amava a profissão. “O sonho dele era ser repórter cinematográfico e ele ficava muito preocupado com a violência. Ele dizia: realmente está muito violento”, declarou, emocionada, antes de fazer um apelo. “Queria pedir para todos: sejam mais amigos, mais tranquilos e tenham mais amor uns pelos outros.”
A repórter da TV Bandeirante Camila Grecco, que participou de várias coberturas jornalísticas ao lado de Santiago, contou que ele sempre se preocupava com a equipe e com a própria segurança. “Se ele soubesse que estava em situação de muito risco, jamais estaria lá”, disse.
ompanheiro de trabalho de Santiago por 11 anos, o cinegrafista Sérgio Colonezi também contou que Santiago era cauteloso. “As pessoas dizem que, nós, cinegrafistas, abusamos um pouco do perigo. O Santiago era o contrário, era cauteloso. Quando chegava em local e tinha um tiroteio ou confusão, ele ficava longe, falava 'não estou aqui para tomar pancada de ninguém'”.
A filha de Santiago, Vanessa Andrade, que também é jornalista, aproveitou para exigir segurança aos profissionais da Bandeirantes e disse que a morte do pai não será em vão. “Vou exigir que a Band dê segurança aos seus funcionários não vou deixar essa história morrer”, declarou.
O diretor de Jornalismo da TV Bandeirantes, Fernando Mitre, que esteve no memorial, reconheceu que é preciso rever os procedimentos para as coberturas e cobrou investigações sobre crimes cometidos nas manifestações. “Temos que rever tudo isso [cobertura]. Estamos sob impacto dessa emoção profunda, mas é preciso rediscutir tudo. Do jeito que está não é possível.”
O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro acionou ontem (12) o Ministério Público do Trabalho (MPT) para cobrar uma investigação sobre as más condições de trabalho na TV Bandeirantes no Rio e por submeter funcionários a situações de risco. O cinegrafista Santiago estava sem equipe e sem nenhum equipamento de segurança quando foi atingido pelo rojão.
Todas as demais empresas de comunicação que atuam na cidade também serão notificadas para “cumprir normas básicas de segurança para os trabalhadores”.