O delegado titular da 17ª Delegacia de Polícia, em São Cristóvão, Maurício Luciano, vai pedir nesta sexta-feira (14) a substituição da prisão temporária para preventiva dos dois suspeitos de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade da TV Bandeirantes, durante manifestação no centro do Rio no último dia 6.
A prisão temporária estipula um prazo de 30 dias para soltura do suspeito. Na preventiva, ele pode ficar detido até a data do julgamento.
Depoimento
Em depoimento prestado nessa quinta-feira, Souza reiterou as acusações de que partidos e organizações políticas estariam ligadas ao pagamento de pessoas para participarem de manifestações violentas. O jovem Citou nominalmente o PSol e o PSTU como financiadores da prática e disse que é preciso “investigar por dentro”.
Em outro trecho do relato, o auxiliar de serviços gerais mudou a versão que havia dado à imprensa e afirmou não ter acendido o artefato. Quem o teria feito, segundo ele, foi Fábio Raposo, que está preso desde o último domingo por participação no mesmo crime. Caio confessou ter segurado o rojão e o posicionado no chão em direção ao efetivo policial que acompanhava a manifestação, pois era de lá que “vinha a fumaça”.
Pelo que contou ao delegado Maurício Luciano de Almeida, que investiga a morte de Santiago, Caio disse acreditar que “os partidos que levam bandeiras é que são os mesmos que pagam os manifestantes”. O jovem apontou o PSol, o PSTU e ainda o grupo político Frente Independente Popular (FIP) como os financiadores do quebra-quebra em manifestações. Disse ainda ter recebido convites para participar de tumultos durante protestos, que incluiriam verbas para a passagem de ônibus e alimentação.
Com informações de Júlia Chaib, do Correio Braziliense