"Podemos dizer por parte da Polícia Militar que a operação deste sábado foi um sucesso, literalmente. Tivemos menos danos ao patrimônio, menos policiais e menos civis feridos e menos confrontos", disse Pinheiro. "A ação foi no exato momento em que recebemos a informação do nosso serviço de inteligência de que haveria quebra da ordem", completou o coronel, que atualizou o número de detidos para 262. Todos já foram liberados.
Pinheiro pediu desculpas aos jornalistas agredidos por policiais durante a cobertura do protesto, disse que é difícil distinguir os profissionais de imprensa dos manifestantes, e que "excessos ou desvios de conduta serão apurados". Segundo o coronel, o resultado da operação, marcado pela estreia do "pelotão ninja", com cerca de 100 policiais especializados em artes marciais, deve continuar nos próximos protestos.
Durante o protesto, na Rua Xavier de Toledo, próximo ao Vale do Anhangabaú, policiais fecharam um cerco em um grupo de pessoas, obrigando-as a sentar no chão fazendo uso de escudos e cacetetes. Muitos foram retirados do bloco com golpes como mata-leão e depois enfileirados na calçada até serem levados por ônibus da PM para 7 delegacias. Nesta ação, alguns policiais não estavam identificados, segundo jornalistas e manifestantes.
O coronel afirmou que todos os PMs tinham orientação para atuar na manifestação com identificação e que não havia nenhuma ordem para impedir gravações da ação pela imprensa.
Ainda segundo o coronel, a PM fez imagens de manifestantes depredando o patrimônio sem máscaras e as gravações da suposta preparação dos black blocs para iniciar o vandalismo serão encaminhadas para a Polícia Civil. "A estratégia foi um sucesso. Tanto que foi quase nula a utilização de substâncias químicas", disse Pinheiro. A PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo em menos número do que em outras manifestações. A reportagem não viu disparos de balas de borracha..