Rio, 04 - No seu melhor desfile dos últimos anos, a Portela deixou a Marquês de Sapucaí aos gritos de “é campeã”, assim como o Salgueiro, que se apresentou no dia anterior. A tradicional escola do subúrbio de Madureira elaborou um enredo sobre a Avenida Rio Branco, via localizada no centro do Rio, seu entorno e as mudanças pelas quais a região passou nos últimos séculos.
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Uma escultura de 18 metros, simbolizando um gigante adormecido que acordou - referência às manifestações de rua, de junho de 2013 -, foi a maior alegoria que já passou pelo sambódromo do Rio.
Já a Unidos da Tijuca, que encerrou a festa, homenageou o piloto Ayrton Senna e levou para a avenida carros coreografados que não encantaram o público.
Acostumada a fazer desfiles tecnicamente perfeitos, a Imperatriz Leopoldinense cometeu erros na condução de seus carros alegóricos, o que deve comprometer sua pontuação. A escola contou a história do ex-jogador Zico e proporcionou bons momentos no sambódromo. Destaque para a comissão de frente, com 15 meninos lembrando o início da carreira do craque, e uma alegoria de pebolim (totó) humano, que também recebeu muitos aplausos. Torcedores do Flamengo, clube pelo qual Zico se consagrou, ajudaram a "empurrar" a escola.
Atual campeã do carnaval carioca, a Vila Isabel foi a grande decepção da noite, com carros alegóricos inacabados e alas com fantasias incompletas. A apresentadora Sabrina Sato, rainha de bateria da escola, recebeu sua fantasia minutos antes do início da exibição. Logo na primeira ala, parte dos componentes estava sem adereços de cabeça, o que deve resultar em perda de pontos.
Antes da Vila, desfilaram Mocidade Independente e União da Ilha. Com um desfile leve, que remetia a infância, a Ilha agradou o público do sambódromo, que aplaudiu a criatividade das alegorias simples e de fácil compreensão.
Primeira a entrar na Sapucaí, ainda na noite de segunda-feira, a Mocidade prestou uma homenagem dupla: ao carnavalesco Fernando Pinto, responsável por carnavais da escola entre 1980 até sua morte, em 1987, e ao estado de Pernambuco, onde ele nasceu. O carnavalesco Paulo Menezes tentou uma releitura de "Ziriguidum", que tinha como mote a conquista do espaço sideral, na comissão de frente e no abre-alas, mas que em 2014 ficou retrô..