No momento do ataque, o policial, cujo nome não foi divulgado e que trabalha na região de Araraquara, não estava em casa. As chamas foram apagadas pelos familiares e vizinhos, que viram quando quatro rapazes fugiram após arremessar o artefato. A delegacia de Polícia Civil de Promissão informou que ninguém havia sido detido pelo ataque até as 13 horas.
Com este, sobe para 12 o número de ataques com coquetéis molotov contra veículos e prédios públicos e particulares no interior de São Paulo, em menos de 24 horas. Além de Promissão e Rio Pardo, foram registrados também em Bauru e Assis. Na noite anterior, a caminhonete de um policial foi incendiada, em Santa Cruz do Rio Pardo e um coquetel foi arremessado contra a base da PM, em Promissão, mas não houve incêndio.
O volume dos ataques fez a PM soltar comunicado na rádio da corporação, para todo o Estado, pedindo atenção aos policiais nos deslocamentos e abordagens nas ruas e nas bases de segurança.
O comunicado alerta que o Primeiro Comando da Capital (PCC) pode iniciar uma onda de ataques, caso seja efetivada a transferência, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), dos líderes presos em Presidente Venceslau, entre eles Marcos Camacho, o Marcola.
A transferência, solicitada na quinta-feira, 27, pelo governo do Estado, é uma punição contra o plano do PCC, de resgatar Marcola e outros três líderes da Penitenciária 2 de Venceslau.
Felizmente, ninguém saiu ferido até agora desses ataques, mas temos de continuar atentos, disse o capitão Márcio Costa da Silva, da região de Promissão. De acordo com ele, a polícia não quer ligar os atentados da madrugada anterior com o desta terça-feira antes de ouvir o policial.
Pode ser que estejam se aproveitando dos outros ataques para uma atingir este policial, que mora num bairro que possui diversos pontos de tráfico, disse o capitão. Segundo ele, a polícia não tem até agora confirmação de que os ataques partiram do crime organizado, mas está prevenida.