A superlotação nos presídios, a falta de funcionários e a luta pelo cumprimento da pauta de reivindicações da categoria levaram os agentes penitenciários de São Paulo a iniciar uma greve nas 158 unidades penitenciárias do Estado a partir de segunda-feira, 10. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo, diz que a maioria das unidades já aderiu ao movimento, que será por tempo indeterminado.
A categoria também quer que o governo cumpra a pauta de reivindicações. Os principais pedidos são: redução de oito para seis as classes na carreira, pagamento de auxílio alimentação para todos os agentes e legalização do bico para os que trabalham em dias de folga em suas unidades. "Queremos que se reduza as classes para que todos tenham chance de promoção antes da aposentadoria. Do jeito que está hoje, o agente nunca chega ao pico da sua carreira", diz. Segundo Grandolfo, apenas 30% dos agentes recebem vale-refeição e todos são obrigados a trabalhar nas folgas sem receber por isso.