"É sinal de que o governo está cedendo, mas só o anúncio de uma reunião não é suficiente para a gente desistir do movimento", disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo. Segundo ele, a intenção do governo era de que o sindicato adiasse a greve, o que é impossível. "O início do movimento foi decidido por assembleia e seu fim deve ser decidido da mesma maneira", afirmou. Segundo ele, a categoria vai ouvir as propostas do governo e na terça-feira decidir, em assembleia no final da tarde, se aceita as propostas ou não.
De acordo com Grandolfo, 70% a 80% das unidades aderiram ao movimento. Os agentes protestam contra as condições de trabalho, precárias devido à superlotação e à falta de funcionários (as unidades estão com superlotação três vezes acima da capacidade e com déficit de 10 mil agentes). Eles também cobram o cumprimento, pelo governo, da pauta de reivindicações da categoria, que prevê, entre outras coisas, correção salarial de 20,64%, referente à inflação dos exercícios de 2007 a 2012, instituições do bico legal, redução do número de carreiras e pagamento de auxílio-refeição para todos agentes, entre outras.
O movimento, que é por tempo indeterminado, terá início às 7 horas de amanhã e somente três serviços essenciais - alimentação, saúde e banho de sol aos presos - serão mantidos.
#ET.