Vinte viaturas com dezenas de presos das cadeias e delegacias da região esperam que os PMs da Tropa de Choque consigam abrir as portas que dão para a entrada ao pátio das celas. As portas foram trancadas por cerca de 20 agentes que estão dentro do presídio. Os grevistas ameaçam abandonar os postos, sair do presídio e deixa a unidade inteira - que está com cerca de 1.500 detentos - sob responsabilidade da PM.
"Se a PM conseguir entrar, os agentes receberam orientações para entregar as chaves e deixá-los tomando conta do presídio", contou Luiz Silva Filho, diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp). Segundo ele, delegados chegaram acompanhados de oficiais de Justiça para dar ordens de prisão a agentes grevistas.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 20, que espera que o bom senso prevaleça ao tratar da greve dos agentes penitenciários no Estado. "Há uma decisão da Justiça que diz R$ 100 mil de multa por dia por unidade penitenciária se não garantir a transferência de presos para internar no sistema ou a visita e atendimento aos presos. Então é decisão judicial. Espero que o bom senso prevaleça e a gente resolva rapidamente", afirmou Alckmin.
Campinas e São Paulo
A Força Tática da Polícia Militar retirou à força o grupo de aproximadamente 25 agentes penitenciários em greve que bloqueavam a entrada do complexo penitenciário Campinas/Hortolândia.
Em São Paulo, na zona leste, a Tropa de Choque também foi acionada para garantir que policiais civis entrassem com cerca de 100 presos no Centro de Detenção Provisória Chácara Belém. Agentes penitenciários tentaram impedir a chegada dos presos, mas segundo a Polícia Militar, os detentos foram recebidos. Também foram registrados tumultos em Capela do Alto, em São José do Rio Preto, e Mogi das Cruzes..