Oito estão foragidos no Brasil e no exterior. A investigação teve início em fevereiro de 2013, quando a Polícia Federal recebeu um pedido de cooperação jurídica internacional da Itália, relatando a existência do esquema. Segundo a PF, foi apurado que uma organização criminosa adquire a droga no Peru e na Bolívia e a traz para o Brasil. Daqui, ela é embarcada em navios de carga, tendo como destino diversos portos europeus.
O grupo, composto por brasileiros, chilenos, bolivianos e europeus estava baseado na cidade de Santos (SP) e executava todas as tarefas necessárias para a exportação da droga, desde sua aquisição, recepção no Brasil, acondicionamento e embarque em navios - que partiam principalmente do Porto de Santos. A droga tinha como destino principal a Itália. Os compradores integram a Máfia Ndrangheta.
Foram cumpridos simultaneamente mandados de prisão e de busca no Brasil, Itália, Espanha, Portugal, Reino Unido, Holanda, Sérvia, Montenegro e Peru, com apoio da Interpol. Os adidos da PF na Inglaterra, Itália e Espanha participaram diretamente da operação. Os adidos são policiais destacados para realizar suas atividades no exterior. No Brasil, 76 policiais federais participam da ação. Além dos investigados que foram presos nesta quinta feira, desde o início da investigação brasileira outras 6 pessoas foram autuadas em flagrante. Foram apreendidos 1,3 tonelada de cocaína e US$ 760 mil.
A 2.ª Vara da Justiça Federal de Santos, a pedido da PF, determinou o sequestro de imóveis e veículos pertencentes à organização criminosa no valor de R$ 3 milhões. Os investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e financiamento da prática do tráfico transnacional, cujas penas variam de 3 anos a 30 anos de reclusão..