Os registros indicam que metade dos aliciamentos aconteceram dentro dos vagões de metrô ou dos trens suburbanos e os demais, nas estações. A Palmeiras-Barra Funda, que integra linhas da CPTM a outra do Metrô na zona oeste da capital paulista, contabilizou três casos, assim como a Sé, no centro. Em seguida, figuram a Anhangabaú, também na região central, com duas ocorrências, a Consolação, na Linha 2-Verde, a Luz, na Linha 7, e a Brás da CPTM.
De acordo com o delegado Cícero Simão da Costa, titular da Delpom, os molestadores agem com mais afinco nos horários de pico, quando as estações e os trens da rede ficam superlotados. Em muitos casos, o criminoso começa a 'encoxar' a vítima no começo da linha e só para quando ela desce do trem. Sete molestadores eram casados.
No geral, conforme o levantamento feito pelo Estado, as vítimas têm 28 anos e 7 meses.
No dia 13 daquele mês, um técnico em informática de 22 anos foi molestado por um arquiteto de 38 na Estação Sé do Metrô, quando desembarcava do trem, às 17h35. Segundo o termo circunstanciado elaborado pela polícia, o aliciador passou a mão no órgão genital da vítima apertando o mesmo com vigor. O jovem não aceitou a importunação, empurrou o arquiteto para fora do vagão e, depois, o segurou pelo colarinho para que fosse apresentado ao corpo de segurança do Metrô. Todas as demais vítimas, no entanto, são mulheres.
Para a Polícia Civil, ainda existe muita subnotificação. Nesta quarta-feira, 19, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur), ligada à Delpom, frisou que é preciso que as mulheres denunciem qualquer abuso que sofram e apontem o responsável pelo crime para que ele seja punido.
Casos.
Outros dois casos passaram a ser investigados nesta quinta-feira, 20. Em um deles, duas adolescentes foram acariciadas por um homem na Linha 3-Vermelha. No outro, o agressor apalpou as coxas de uma mulher na Estação Consolação. Os dois homens foram detidos, mas já liberados. As informações são do jornal
O Estado de S.