Em 2002, o orçamento havia reservado R$ 5,4 bilhões para investimentos na área. Do montante, foram efetivamente usados apenas R$ 4,2 bilhões. Dez anos depois, o autorizado para o setor foi significativamente maior: R$ 12,9 bilhões. No entanto, o desembolsado foi muito menor: R$ 3,7 bilhões. A tendência se confirmou no ano passado: foram autorizados R$ 9,4 bilhões, mas foram pagos apenas R$ 3,9 bilhões. “Os números mostram um problema sério. Existe uma grande distância entre o que o governo promete e o que pratica”, declarou o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vidal.
Hospitais
Relatório aprovado nesta quarta-feira, 26, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a saúde no País mostra que 64% dos hospitais analisados apresentavam uma taxa de ocupação da emergência que ultrapassava os 100% - em outras palavras, eles estavam superlotados.
O trabalho mostra também que 81% das unidades hospitalares analisadas apresentavam déficit no quadro de profissionais.
A falta de equipamentos mínimos também foi considerada no relatório uma das causas importantes para a redução das vagas nos hospitais. .