Nos últimos dias, o governador paulista e seu colega fluminense, Sérgio Cabral (PMDB), chegaram a trocar farpas quanto à intenção de São Paulo de utilizar uma parte da água do sistema do Rio Paraíba do Sul para ajudar a conter a queda do volume do Cantareira. Cabral disse que "jamais permitirá que se retire água que abastece o povo fluminense" e ameaçou acionar a Justiça para barrar o projeto de Alckmin.
Hoje, Alckmin disse que o projeto de interligação de 15 km entre as represas Atibainha, no Sistema Cantareira, e Jaguari, que pertence ao Paraíba, fará com que água se remetida em períodos de chuva, para aumentar a capacidade de reserva na rede que abastece a Grande São Paulo.
"Até já levantamos, 2010, 2011 e um pouco em 2012, no Cantareira sobrou água, porque a capacidade de reservação do Cantareira não é tão grande. Por isso, quando chove demais, solta (a água), e quando tem estiagem, abaixa rápido, que mostra que a capacidade de reservação do Cantareira, frente à necessidade das metrópoles, como São Paulo e Campinas, é pequena. Então, quando chove demais, nós precisamos guardar e a maneira de guardar é integrar, fazer essa interligação com o Capivari", declarou o tucano durante evento no Anhembi, na zona norte da capital paulista.
Ele ainda disse que não haverá racionamento. "Não tem nada, nada previsto.".