A ideia é que a gente tire a roupa e se fotografe, da cintura para cima, com um cartaz tampando os seios com os dizeres Eu também não mereço ser estuprada e postemos, todas juntas, ao mesmo tempo, online, explicava a organizadora do ato, a jornalista Nana Queiroz. Ela estimulava as mulheres a postarem fotos da maneira que se sentissem à vontade: de burca, de roupa de futebol ou de biquíni, exemplificava.
Com a hashtag #EuNãoMereçoSerEstuprada, as pessoas começaram a postar suas fotos às 20h. Reunidas, sozinhas, velhas, novas e até amamentando, as mulheres exibiram seus cartazes. Homens também aderiram ao protesto. Canso de escutar que se uma mulher usa roupa curta é pedir pra ser estuprada.
Apesar da grande adesão, algumas mulheres se sentiram intimidadas com comentários machistas em seus posts. Em um movimento virtual que tem como objetivo o respeito às mulheres, eu publico uma foto e sou xingada. É como ser rotulada e julgada, reclamou uma manifestante. As outras a apoiaram: Não dê ouvidos a eles. Nos enjoa ver gente que pensa assim..