Organizadora do evento, Laryssa Sampaio, que faz parte do movimento Levante Popular da juventude, pegou um microfone e anunciou que nenhuma mulher merece ser estuprada. "Vagão exclusivo não nos representa. Nós queremos medidas do Metrô para prevenir as encoxadas. Ao invés de estar fazendo isso, o metrô está contribuindo para esses atos ao dizer na rádio que metrô é local de paquera. Não é. De burca ou biquíni, não merecemos abusos", afirmou.
A dona de casa Edinéia Cunha Caetano, de 51 anos, disse apoiar a causa.
Sônia Coelho, de 54 anos, faz parte da Marcha Mundial das mulheres. Ela também discursou em defesa das mulheres: "os estupros não acontecem só com mulheres que usam essa ou aquela roupa, independe disso. A culpa não é das mulheres, é dos homens machistas, agressores e da sociedade, que nos mercantiliza", afirmou.
O ato também conta com homens. O integrante do fora do Eixo Gabriel Ruiz participou do protesto por achar que homens precisam se engajar nessa luta. "Não concordamos com esse tipo de machismo que é praticado não só no metrô mas no dia a dia das mulheres. Ela é agredida visualmente e verbalmente todos os dias. Essa é uma luta de todo mundo", disse.
Segundo Ruiz, a pouca quantidade de manifestantes é proposital. "Esse é ato mais simbólico do que massivo, que tem a ver com a proposta do levante da juventude", explicou. O ato conta com caixa de som que tocava um rap composto pelo próprio movimento em defesa das mulheres..