"Alguns bandidos abandonaram a Maré, mas outros continuam aqui", disse o general.
O primeiro episódio de violência entre facções rivais após a ocupação dos militares aconteceu na manhã de ontem. Claudio de Brum dos Reis, de 22 anos, foi espancado e jogado em uma vala. Chamados por moradores, os militares chamaram uma ambulância para prestar socorro ao rapaz. Nesse momento, integrantes de facções rivais se reuniram e houve uma tentativa de confronto, segundo o Exército.
Para evitar a briga e dispersar as pessoas, os militares dispararam tiros para o alto e usaram gás de pimenta. Ninguém foi preso.
Rotina
Fora esse episódio, a presença dos agentes de segurança no primeiro dia de ocupação dos militares praticamente não alterou a rotina das favelas. Bares e igrejas funcionaram normalmente e a primeira partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Vasco, foi acompanhada pela TV e festejada como outras decisões. "Por enquanto não houve nenhuma mudança significativa.
Durante todo o dia, militares caminharam a pé pelas comunidades, acompanhados por um carro de som, distribuindo panfletos em que pedem aos moradores da área pacificada que "sigam as orientações" e "mantenham a calma". Com território de 10 km2 dividido entre duas facções criminosas (Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro) e uma milícia, o conjunto de favelas da Maré reúne 130 mil moradores..