De acordo com o chefe da Comunicação Social da Brigada Paraquedista do Exército, major Alberto Horita, que acompanha a ocupação, a vítima foi agredida por traficantes de facções rivais e jogado no valão que divide as comunidades Nova Holanda e Baixa do Sapateiro, na Maré.
Com a chegada da patrulha, houve um início de tumulto, dispersado pelos militares. “O comandante da patrulha no local deu dois tiros de fuzil para o alto e usou spray de pimenta para evitar o confronto”, relatou Horita. Segundo ele, os grupos rivais estavam armados de pedras e paus, dispostos a um novo embate. “A animosidade recrudesceu e a patrulha impediu”, disse.
O major esclareceu que os militares que encontraram o rapaz agredido optaram por chamar uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para resgatá-lo do valão. “A retirada por pessoal não especializado poderia prejudicar a condição clínica do jovem ainda mais. O atraso na retirada do cidadão do valão não acarretou prejuízo”, afirmou o major.
Ontem (5) o Exército ocupou o Complexo da Maré com 2,7 mil homens e o apoio de 20 blindados, além de jipes equipados com metralhadoras.
Para comentar o episódio do espancamento e a situação local, a reportagem entrou em contato com lideranças comunitárias da Maré, que preferiram não dar entrevistas. De acordo com o Exército, o clima é de tranquilidade e segue “sob controle”..