O Ministério Público Estadual quer que o Hospital Universitário Pedro Ernesto, ligado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), identifique por exame de DNA os corpos de 15 bebês, que estão abandonados no necrotério da instituição, alguns há mais de 4 anos. Ao todo, foram encontrados 40 corpos de recém-nascidos amontoados ali. O diretor do hospital, Rodolfo Nunes, reconheceu a falha e informou que abrirá sindicância para corrigir os problemas.
A promotora Ana Cristina Macedo vistoriou o necrotério. Encontrou 40 corpos de bebês, 15 deles sem identificação nenhuma. "Eram corpos amontoados, mal armazenados. Uma situação estarrecedora, difícil de contar", disse em entrevista ao Fantástico.
Rodolfo Nunes disse à reportagem que o corpo do bebê havia sido encontrado e seria sepultado. "Há um problema social de as pessoas não buscarem os corpos dos seus filhos que evoluíram mal e vieram a falecer. Não se tem prazo máximo para sepultamento e você pode ter a expectativa de que o familiar vai vir pegar o corpo", afirmou.
Além de exigir a identificação dos bebês por DNA, o MP pediu a lista com nome e endereço de todos os pais e cobrou que as crianças recebam "sepultamento digno".