A paralisação foi decretada menos de uma semana depois de o governo estadual apresentar um plano de modernização da PM, que contemplava itens como a separação do Corpo de Bombeiros do resto da corporação e aposentadoria para mulheres integrantes da PM após 25 anos de serviço. Na tarde desta segunda, integrantes do governo e de associações de PMs tiveram uma reunião, na qual foi apresentada uma proposta de negociação, por parte do governo.
"A proposta apresentada não contempla os desejos da categoria", resumiu o ex-policial e hoje vereador de Salvador Marco Prisco (PSDB), o principal negociador dos policiais com o governo.
Prisco foi o líder da última greve da PM na Bahia, entre janeiro e fevereiro de 2012. O movimento durou 12 dias, nos quais houve uma onda de assassinatos e arrastões nas maiores cidades do Estado e invasão da Assembleia Legislativa por cerca de 3 mil integrantes da corporação. Agentes da Força Nacional de Segurança e militares do Exército tiveram de policiar as principais cidades.
Por causa da ameaça de greve, já durante a tarde escritórios comerciais e até repartições públicas liberaram os trabalhadores para que voltassem para casa mais cedo. Faculdades cancelaram as aulas do turno da noite. Segundo o sindicato das empresas de ônibus, com a confirmação da greve, os coletivos devem ser retirados das ruas à noite..