Aos 16, Maria mora no único abrigo exclusivamente feminino de Manaus, depois de ter tido um bebê. Tenta se livrar do vício para ficar com o filho de apenas 3 meses, que foi retirado dos braços dela e levado para outro abrigo. “Estava amamentando meu filho quando vieram buscá-lo.
Se fossem colocar todas no abrigo, não caberia”, minimiza a garota.O abrigo onde Maria vive, a Casa Mamãe Margarida, enfrenta dificuldades para manter-se aberto, por falta de verba. Atualmente, as doações de pessoas físicas têm garantido a alimentação das 20 meninas acolhidas. “A infância amazonense está transbordando, como nossos rios. A nossa juventude não pode esperar. O dinheiro da Copa do Mundo não faltou. É tudo uma questão de prioridades”, reclama o coordenador do abrigo, Valter Calheiros.
* os nomes dos menores desta série são fictícios .