Segundo Barbosa, o número se deve aos bolsões de pobreza dos grandes centros. "Nas grandes cidades brasileiras, as médias são ocultadoras de grandes desigualdades sociais importantes. Mesmo num município como São Paulo, se você sair da média e for verificar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ou a proporção de pobres em cada distrito, você tem centenas de 'municípios' muito pobres que não são percebidos quando você olha a média do município. Nas capitais e regiões metropolitanas, o efeito do Mais Médicos é muito complementar porque vai exatamente nesses bolsões de pobreza que não têm muita visibilidade, mas são extremamente importantes", disse.
Os números foram apresentados durante evento que marcou o fim do curso de formação dos 1,2 mil médicos cubanos da quarta fase do programa que vão atuar em municípios paulistas. Após o fim da apresentação, os profissionais começaram a ser encaminhados para as 287 cidades do Estado que os receberão. Eles fazem parte de um grupo de 3,5 mil médicos integrantes da quarta fase do programa em todo o País. Somando as quatro etapas do Mais Médicos, o Estado de São Paulo recebeu 2,1 mil médicos.