Órfão de mãe desde 2010, o menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, assassinado no interior do Rio Grande do Sul, pode ter sofrido, no passado, uma tentativa de asfixia cometida pela madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, presa como um dos suspeitos de matar o garoto. A informação foi dada pelo advogado Marlon Balbon Taborda, que representa a avó materna do menino, Jussara Uglione, e confirmada pelo Ministério Público estadual. Segundo ele, Jussara ficou sabendo, por boatos na cidade, que Bernardo teria relatado a agressão. Impedida pelo pai do garoto, Leandro Boldrini — também suspeito do crime —, de conviver com o neto, a senhora de 73 anos acionou o conselho tutelar e o Ministério Público em Três Passos (RS).
“Nós pedimos, em novembro do ano passado, que a informação fosse checada. Não foi uma aventura jurídica, indicamos nomes e telefones de pessoas a serem ouvidas. Reiterei o pedido em dezembro. Em janeiro, a avó de Bernardo foi ouvida. Disse que aceitava a guarda do garoto.
O médico Leanro Boldrini contratou o advogado Jader Marques, o mesmo que defendeu um dos sócios da boate Kiss, que pegou fogo em Santa Maria (RS) e deixou 242 mortos, em janeiro de 2013. A polícia deve indiciar Graciele, Boldrini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga do casal que confessou o crime, por homicídio triplamente qualificado. O trio está preso desde segunda-feira. A perícia suspeita que o garoto foi dopado antes de receber uma injeção letal. Mas, até ontem, as análises da necropsia ainda não haviam sido divulgadas. O corpo de Bernardo foi encontrado na segunda-feira passada, depois de ficar desaparecido desde o último dia 4..