Jornal Estado de Minas

Almoço da Arquidiocese do Rio quase acaba em confusão

Um desentendimento envolvendo policiais do serviço reservado da Polícia Militar (P-2) e os desalojados do terreno da OI, que ocupam o estacionamento da Catedral Metropolitana, no centro do Rio de Janeiro, desde a madrugada de sexta-feira (18), quase faz com que o tradicional almoço da Páscoa, promovido todos os anos pela Arquidiocese do Rio, acabasse em confusão.

A confusão teve início quando a comida começava a ser servida na parte externa da Catedral, localizada na Avenida Chile e os desalojados perceberam a presença de policiais da P-2 que estavam monitorando a movimentação no interior de um carro descaracterizado.

Um grupo resolveu tomar satisfações com os PMs e um dos desalojados foi acusado de desacatar um policial, chegando a ser colocado dentro da viatura.
Houve reação, principio de tumulto, mas o rapaz conseguiu ser retirado do interior da viatura, que chegou a ter os vidros quebrados.

A situação só foi controlada com a interrvenção de um dos padres que trabalham com dom Orani Tempesta e com a chegada de policiais do Batalhão de Choque. Dom Roberto, a pedido do arcebispo, solicitou que os policiais deixassem o local e os ânimos se acalmaram.

A ocupação do pátio da Catedral Metropolitana pelos desalojados havia levado a Arquidiocese do Rio a cancelar a programação da Semana Santa e somente nesse domingo, a Arquidiocese confirmou a manutenção do tradicional almoço, que teve início por volta das 11h30, quando cerca de 1.200 quentinhas foram servidas à moradores de rua e aos próprios invasores.

Com o cancelamento da programação, não ocorreu a também tradicional vigília do Sábado de Aleluia, assim como a encenação do Auto da Paixão de Cristo, marcado para a noite de sexta-feira (18) - evento que ocorre há 45 anos nos Arcos da Lapa.

A ocupação levou à Arquidiocese alterar toda a programação. A missa que estava prevista para às 10h de hoje na Catedral Metropolitana foi celebrada pelo cardeal-arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta em uma paróquia de Padre Miguel, na zona oeste da cidade.

Dom Orani esteve na Catedral na parte da manhã para entregar as quentinhas, chegou a conversar com alguns moradores de rua, mas deixou o local sem falar com os jornalistas.

 Com Agência Brasil .