Jornal Estado de Minas

Transplantes aumentaram 124% entre 2010 e 2013 no estado do Rio

Em 2013, 587 transplantes foram feitos no estado do Rio de Janeiro. Este ano, até março, 154 procedimentos foram realizados

Agência Brasil
Em 2013, 587 transplantes foram feitos no estado do Rio de Janeiro, um aumento de 124% em relação a 2010, quando o Programa Estadual de Transplantes (PET) da Secretaria de Estado de Saúde foi criado.
Este ano, até março, 154 procedimentos foram realizados. “Batemos recorde de transplante de fígado, de rins e no número total de transplantes no estado do Rio de Janeiro”, destacou o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo.

O programa gerencia todo o processo de doação e fiscaliza as atividades de transplante para depois distribuir os órgãos nos hospitais credenciados. Quando o hospital identifica um paciente com morte encefálica, faz contato com a Central Estadual de Transplantes, que trabalha junto com a equipe do hospital, com o objetivo de viabilizar a doação de órgãos.

O coordenador do PET lembra que, em muitos casos, o transplante é a única opção para o paciente. "Existem algumas doenças que não têm tratamento, como uma doença terminal de fígado, então para esses pacientes a única alternativa para continuar vivendo, para ter uma qualidade de vida melhor, é a realização do transplante.”

O aumento no número de doadores gerou uma necessidade de novos centros de transplantes. Ao longo de todo esse período, foram credenciados novos centros, outros foram reestruturados e houve a necessidade de criar mais unidades de transplantes para atender à demanda.

O processo de doação de órgãos só é possível a partir da autorização da família. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 50% das famílias de potenciais doadores se recusam a autorizar a doação e isso ocorre, na maioria das vezes, devido à desinformação sobre o tema por parte da população.

Para o coordenador do PET, a discussão sobre a doação de órgãos deve estar presente no dia a dia da sociedade. "É um problema que não é só de quem está esperando o órgão, de quem tem uma doença renal crônica avançada, de quem tem uma cirrose hepática, e sim um problema de todos nós.
A qualquer momento nós podemos vir a precisar de um transplante e aí precisamos de um sistema que funcione”, disse. “Então é importante reconhecer essa necessidade e esse é um papel de todos nós, entender o bem que a gente está fazendo ao próximo, no momento de dizer sim e autorizar a doação de órgãos do seu familiar. A gente entende que é um momento difícil para família, mas é de um valor inestimável de ajuda ao próximo", completou Rodrigo Sarlo..