Boa parte dos escombros deixados pela implosão de 300 metros do Elevado da Perimetral, no domingo (20), foi retirada na altura da Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, segundo a Concessionária Porto Novo, empresa contratada pela prefeitura para executar as obras. Cerca de 100 homens trabalham em três turnos, ininterruptamente, para liberar, até às 5h de quinta-feira (24), três faixas da Avenida Rodrigues Alves, importante via da cidade que margeia o porto, de modo a facilitar o escoamento do trânsito depois do feriado prolongado. O entulho retirado até agora já encheu mais de 70 caminhões. O prazo para a limpeza total do local é de 30 dias.
Foram utilizados 250 quilos de explosivos para a implosão do trecho do viaduto, que gerou 10 mil toneladas de escombros. Foi o último trecho do viaduto implodido. O restante, aproximadamente 2 mil metros, será demolido com máquinas. O material, assim como na implosão do trecho de 1.050 metros, em novembro de 2013, será reaproveitado nas obras de pavimentação da região.
Cerca de 2,5 mil metros do elevado já foram removidos, 52,46% do total de 4.790 metros, e em fevereiro deste ano foi iniciado o desmonte dos 1.689 metros do elevado entre a Praça Mauá e a Avenida General Justo, com limpeza, até agora, de 1.163 metros.
Construído durante a década de 1950, o Elevado da Perimetral ligava os principais entroncamentos rodoviários da cidade e atendia, sobretudo, a zona norte. Além de interligar 70% do trânsito que fluía entre a zona sul e a Ponte Rio-Niterói, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, a via garantia ligação direta com a Baixada Fluminense, a zona norte, a zona sul, a zona oeste e o centro do Rio. O viaduto cortava os bairros do Caju, São Cristóvão, Santo Cristo, Gamboa e Saúde.