O assessor pessoal de Suassuna, Alexandre Nóbrega, que também é seu genro e o acompanhava na viagem, afirmou que ele "faz isso sempre" e que "só estava descansando um pouco". E emendou: "ele tem o hábito de deitar no chão do aeroporto. Já fez isso muitas vezes e faz em qualquer aeroporto". Questionado se Suassuna já fez isso também no exterior, Nóbrega disse que não "porque nunca saiu daqui" do País. Ainda segundo o assessor, Suassuna afirmou que "ficou muito surpreso com a repercussão de sua foto deitado no chão do aeroporto de Brasília até porque uma outra foto dele deitado no aeroporto de São Paulo também já havia sido publicada e não teve essa divulgação toda".
O assessor de Suassuna contou que o escritor alega que deita no chão porque "nunca tem lugar para sentar no aeroporto" e "as cadeiras são sempre muito desconfortáveis". Ele não lembrava se naquele dia tinha cadeira vazia se ele quisesse se sentar. Alexandre Nóbrega informou ainda que "por acaso" o voo de quarta-feira da semana passada não estava atrasado e Suassuna resolveu deitar no chão da sala de embarque "para descansar um pouco e esperar a hora do voo".
Concessionária.
A Inframérica, empresa responsável pela administração do aeroporto de Brasília, não soube dar explicações para a foto de Suassuna. Segundo a Inframérica, somente com informações precisas sobre a data e o horário poderia dar esclarecimentos sobre o caso. No início da noite, com a informação da data e horário, a Inframérica disse que ia buscar imagens para verificar o que aconteceu, mas não deu resposta até o fechamento da edição.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, de acordo com sua assessoria, evitou falar sobre assunto, justificando que apenas a operadora aeroportuária poderia se manifestar. Neste mesmo dia 16, quarta feira, quando Suassuna se deitou no chão do aeroporto, a presidente Dilma Rousseff esteve inaugurando o terminal sul, uma expansão do aeroporto JK. Só que Suassuna embarcou pela manhã e a presidente foi ao terminal, às 15h.
O assessor de Suassuna informou ainda que uma "mocinha da Infraero" chegou a abordá-lo para perguntar se ele estava precisando de algo ou se estava sentindo alguma coisa, mas ele mesmo explicou que não era preciso se preocupar porque ele estava bem e que tinha costume de se deitar no chão do aeroporto para descansar. De acordo com informações obtidas pelo Estado, a funcionária, na verdade, era da Inframérica e teria relatado o fato para superiores, mas não sabia que se tratava de Ariano Suassuna..