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Estado de Minas

Moradores do Pavão-Pavãozinho acusam policiais de UPP por morte de dançarino

Corpo foi encontrado dentro de uma escola municipal na favela


postado em 23/04/2014 07:21 / atualizado em 23/04/2014 11:14

Douglas trabalhava como dançarino no programa Esquenta com a apresentadora Regina Case (foto: Facebook/Reprodução)
Douglas trabalhava como dançarino no programa Esquenta com a apresentadora Regina Case (foto: Facebook/Reprodução)

Moradores do Pavão-Pavãozinho fizeram um protesto na noite desta terça-feira (22/4) em Copacabana - zona sul do Rio de Janeiro -, após a morte do dançarino Douglas Rafael Da Silva Pereira, 25 anos, conhecido como DG. Segundo a ONG Justiça Global e a Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, denúncias de moradores da comunidade acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da região. Douglas fazia parte do balé do programa Esquenta, da Rede Globo. O laudo preliminar da Policia Civil indicava que uma queda havia provocado a morte do jovem, versão contestada pela mãe de Douglas Rafael, que afirmou que o filho tinha sinais de espancamento.

Os manifestantes atearam fogo a objetos, fazendo barricadas em alguns pontos das vias. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana e as ruas Barata Ribeiro e Pompeu Loureiro, em Copacabana, estão interditadas na altura da comunidade do Pavão-Pavãozinho. A estação do metrô na Rua Sá Ferreira, nas proximidades da favela, foi fechada.

Várias viaturas da polícia foram encaminhadas ao Túnel Sá Freire Alvim e Avenida Nossa Senhora de Copacabana, que foi interditado devido a manifestação. Segundo a imprensa local, os moradores disseram ter ouvido tiros na região. Um homem morreu, baleado na cabeça durante a repressão ao protesto. Durante a manifestação, vários policiais foram fotografados empunhando armas de munição letal.

Policiais empunhavam armas letais durante repressão ao protesto realizado em Copacabana(foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON )
Policiais empunhavam armas letais durante repressão ao protesto realizado em Copacabana (foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON )
O Comando de Polícia Pacificadora (CPP), informou que o corpo de um jovem foi encontrado dentro de uma escola municipal da comunidade. Até o momento, a polícia não confirmou o nome da pessoa encontrada morta. No entanto, a ex-mulher do dançarino, Larissa de Lima Ignato, foi até o Instituto Médico-Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo. A assessoria de imprensa da emissora confirmou que o dançarino e morador da comunidade morreu.

A assessoria de imprensa do Comando de Polícia Pacificadora informou que a polícia foi chamada por moradores para retirar um corpo encontrado dentro da escola, que não tinha sinais de bala.


De acordo com moradores, um menino de 12 anos, identificado como Mateus, levou um tiro quando descia a Ladeira Saint Roman, quase na esquina com a rua Sá Ferreira e também morreu. Segundo relatos dos moradores, o tiro partiu de um policial militar (PM). No entanto, um PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) negou a versão dos moradores e disse que o menino teria sido atingido por uma pedra jogada pelos próprios manifestantes. No local onde Mateus caiu, formou-se uma grande poça de sangue. Não foi possível confirmar a versão dos moradores nem a do policial, sobre o que aconteceu com o garoto e qual seria o seu estado de saúde.

Por causa da confusão, a Avenida Nossa Senhora de Copacabana ficou interditada até próximo da meia-noite. Muitos comerciantes das proximidades fecharam as portas e só alguns decidiram reabrir as lojas e bares, quando a situação se acalmou um pouco.

(Com informações da Agência Brasil)

 


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